sábado, 31 de outubro de 2009

Meu ponto fraco mais...

forte, são os meus olhos. Então vejamos sempre foram grandes com cílios longos, sem usar postiços, e sempre dizemos que os olhos são os espelhos da alma. Eu acredito firmemente nisso. Fiz muito uso deles, para atos menos nobres, hoje com certeza estou colhendo os frutos.Aos 22 anos comecei com miopia e logo fui usar lentes de contatos, na época só existia as duras. Aos 27 anos tive úlceras em ambos os olhos,pelo mal uso da mesma, que engraçado sempre nos dois, como dois pares de vasos gemeos. Fiquei quinze dias com ambos tampado fazendo tratamento, me recordo que mesmo sem ver, eu sempre com um orgulho idiota não aceitava ajuda. Mas quando me dirigia ao oftalmo eu ia falando dos lugares para saber se estava com noção de distancia.Colocava o dedo dentro do copo para saber se estava cheio e assim aos tranco e barranco passei por esse período. Continuei míope até hoje, quando menos espero a notícia bomba!!! GLAUCOMAAAAAA! em ambos os olhos, um sendo comparsa do outro hehe. Neste momento estou em tratamento de conjuntivite em AMBOS os olhos, e percebi que são nos meus olhos os pontos fracos mais fortes, depois da cirurgia há 3 amos, são 3 crises de conjuntivite, e sempre no verão. Então senti medo, devido a essa infecção perder o pequeno campo de visão que hoje em dia cuido como duas jóias preciosas, depois das cirurgias a miopia dobrou, em AMBOS os olhos, um com 6,50 e outro co, 5.Grau. Devido a isso, não conseguindo ver nem abri direito os olhos, depois de passado esse momento de medo, de insegurança, resolvi por em prática o que aprendi na Acic, fechei os olhos e comecei a fazer, o que me propus: tomei banho, escovei os dentes, peguei as roupas para uso, meias, tenis, ta certo que no tenis dei uma ajudazinha com os olhos, mas identifiquei todos os objetos pelo toque. E mesmo conhecendo minha casa, dei joelhada na cama, empurei cadeira, mas no geral foi de bom tamanho. Isso tudo para não forçar os olhos, depois desenterrei um oculos de sol, e lá fui eu ao centro da cidade. Levei um chapéu na bolsa, porque fiquei com vergonha de usar no coletivo, mas desci, prendi meus cabelos coloquei o chapéu, que me ajudaria na sombra para poder ver melhor. E fui toda faceira (mentira) para ver meus amigos. No caminho ouvi alguém dizer, ainda tomo coragem e uso meus chapéus!, parei! pois vi que era comigo, sorri e vi uma senhora dizendo que eu estava muito bem de chapéu e que ela ia tomar coragem e usar para se proteger do sol. Sabem fico realmente angustiada, com muito medo, insegura, quando percebe que a movimentação diferente nos meus olhos. Recentemente fui ao oftalmo e ele disse que a pressão estava boa e estabilizada, eu comecei a chora de emoção na frente dele, e ontem chorei de medo de perder o resto que tenho.
Hoje estou bem. Com ajuda de Deus.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

"Quando os olhos não...

vêem o coração não sente", esse provérbio, para nós com deficiência visual não serve. Digo isto, pois comigo quando meus olhos não vêem, meus ouvidos vêem, escutando e lógico meu coração sente. Recentemente indo para o ponto do ônibus, ia me dirigir a aula de pintura, de repente ouvi que o ônibus passa e interessante que ao mesmo tempo outro foi em destino contrário. Sendo assim, logo retornaria e eu embarcaria para meu destino. Ex: os meus ouvido souberam definir perfeitamente,meu coração disse, perdeste o ônibus (então ele sentiu) mas durou pouco pelo fato de logo vir outro. No ponto do ônibus uma moça me perguntou se havia algum lá em baixo, como eles dizem para o ponto final, respondi que sim; e em seguida informei que se não estivesse enganada eu tinha visto ou melhor ouvido ele passar. Considerações: é que somos do mesmo condomínio, chegamos com diferença de minutos, eu tinha percebido, prestado atenção e sabia se viria ou não outro coletivo, ela não. Pois tem os olhos com sua visão boa. Mas reparei que as pessoas com visão boa dispersam muito, e só confiam no que vê, nem se lembram que todos os sentidos se ajudam. Que pena que temos que sentir as dificuldades para aprendermos a usar nossa máquina maravilhosa que Deus nos deu, que é nosso corpo.

Estava eu e a Duda (bengala) com uma amiguinha criança passando por um corredor meio escuro do Museu Cruz e Souza, o chão é com cerâmica xadrez de branco e preto. Como estava na rua, com sol claro, ao entrar eu fechei os olhos, pois assim seria mais fácil eu ir, pois se fosse tentar ver, ficaria difícil. Eis que senti uma mãos quente me pegando, levei um susto, perguntei! quem está aí! - É um policial para ajudar voce foi dito.
Meus olhos não viram, mais meu coração sentiu, e disparou! e como sentiu! porque dizem que alí mora um espírito de uma loira.hehehe. Susto refeito raciocinei, que realmente era um espírito, só que encarnado. Porque os desencarnados não teria a mão quente assim. Viram! Como esse ditado acima não serve para nós.
Fiquem com Deus e obrigada.
Beijos
Bel Talarico

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Tudo depende...

De nós, do nosso livre arbítrio, se queremos estar bem, nos sentir bem. Digo isso, pois ficando em casa por 3 dias devido aos feriados,me senti muito bem, afinal em casa, no meu habitat tenho toda a segurança, conheço todos os cantos (é certo que de vez em quando dou com a cara na porta do armário, ou carrego cadeira sem querer)quase sempre porque alguém deixou a porta aberta, ou a cadeira fora do lugar, mas são situações pequenas. Hoje, fui ao centro da cidade para resolver assuntos pessoais, e inventei de ir por outro lugar (não aquele conhecido e mapeado)por pura curiosidade. Só que, a dificuldade, minha gente é muito grande, como provavelmente não estando 100% no emocional, tive vontade de sentar no chão, chorar! gritar!não sei se de raiva ou tristeza, pela minha condição. Um espaço de +- 50 metros, que pareceram km. Sempre aparece alguém educado querendo me ajudar. A minha vontade era de mandar eles catar coquinhos, ou quem sabe plantar batatas, ou gritar me deixem em pazzz!!!, não vêem que estou sofrendo!. São sentimentos de pena, momentos de não razão. Mas porque? tenho que aceitar? naquele momento não podia gritar, não podia chorar, eu estava em publico rodeadas de pessoas, mas ao mesmo tempo tão só, na minha dor. Que saco! porque sempre existe essa variação de sentimentos em mim. Claro que posso ficar brava, mas não tenho o direito de ser cruel com as pessoas. Por isso digo tudo depende de mim. De mudar o canal que estava com um filme ruim, mudando minha sintonia com irmãos espirituais, anjo da guarda, guias protetores e acima de tudo lembrar da existência de Deus, mas chorarrrrrrrrrrrrrrr muito, em casa. hehehe Devem pensar nossa! ela ficou lelé! fiquei não! eu sou lelé.
Estou melhor.
Beijos

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Continuando da continuação do começo.

No fim do ano de 2006, na semana do Natal e ano novo, tive infecção no olho direito. Corri ao médico de emergência, tratada a tempo me recuperei, pois além de ser no olho era próximo do cérebro. Mas correu tudo bem. Em Abril de 2007, voltei para feira de artesanato e as consultas ficaram mais espaçadas.
Em Julho, iniciei na aula de pintura em tela, quando pensava que com a diminuição da visão seria difícil, descobri um novo talento em mim, não tinha ideia que seria capaz. Assim continuei a pintar e a doar todas as telas feitas, só para ver um sorriso de quem a recebia, isso me fortalecia.
Até que em Dezembro no final do ano em 2007 novamente uma infecção repentina no olho esquerdo novamente, com o socorro imediato, porque não dá para esperar, para ver se melhora, precisei ir urgente ao médico oftalmo. Fiquei um pouco ansiosa porque em 11 de Janeiro de 2008, iria para São Paulo, com minha filha onde ela embarcaria para a França, eu queria acompanhar até onde fosse possível. Graças a permissão de Deus e o auxílio do medico oftalmo e minha disciplina estava boa e seguimos a viagem. No dia 18/01/2008 fui ao aeroporto, com lágrimas e um coração apertado, deixei partir para seu voo, na conquista de seus objetivos e posse de sua vida, mais uma filha. Continuei as pinturas, me aperfeiçoando cada vez mais, aprendendo sempre. Continuo participando da Acic, pois ali encontro conforto, com meus amigos iguais a mim, fazendo novas amizades. Hoje estou me preparando para começar fazer exposições, explorando as paisagem noturna, com o intuito de mostrar que: quando pensamos que tudo termina.Vem Deus e abre uma janela, claro que preciso querer ver essa luz que se abre. Graças a Deus eu consegui ver essa janela,com uma luz brilhando e eu seguindo no meu tempo. Sempre agradecida a Deus e Jesus pela nova caminhada, fazendo o meu melhor.
Desculpem pela tempo sem postagem. Foi um momento de reflexão, sempre necessário para meu espírito.
Beijos e fiquem com Deus.