No primeiro ano fiquei arredia, só observando, perguntando a Deus, porque eu estava ali, o que Ele queria de mim. Chorei muito, compadeci de mim e de muitos colegas, pois cada um é diferente na sua deficiência, mesmo sendo visual, um olha com o cantinho de um olho, outro não enxerga com o meio, só enxergando com o periférico, outros só vêem sombras, os vultos coloridos sem definir quem é quem. Eu como sabem tenho a ilha (pequena) preservada com isso vejo um pouco melhor. Interessante que tudo é questão de ponto de vista. Já ouvi amigos dizerem (reparem que esses amigos de hoje, foram os colegas de ontem) ela enxerga tudo. Claro para muitos que não vêem mais nada, ou sombras etc. Sou uma pessoa auditiva, com isso o toque só era permitido com minha autorização (provavelmente pela criação me dada) então me sentia profundamente incomodada com o toque dos meus amigos, na fila do restaurante, pois é assim que nós podemos ver que a fila está andando e assim segue uma lista de coisas, pois a nosso tato vê é uma de nossas referencias. Me sentia envergonhada de estar ali, de precisar estar ali, quantas vezes passava quietinha perto de algum colega, para não sentirem minha presença. Muitos ainda hoje dizem! Você é nova aqui? digo não! mas não te conhecia. Eu os conhecia, mas na minha ignorância e não aceitação, fugia. Bom por hoje fico por aqui, pois agora que ja fazem 3 anos, há!!! como mudei, merece uma nova postagem, para não ficar muito longa essa aqui.
Obrigada minha linda Carlinha! espero que não se zangue comigo, pois coloquei seu nome sem autorização.
Beijos.
Fiquem com Deus.
Um comentário:
Tava curiosa pra saber mais, e não estou com preguiça, estou é com neurotice à mil por hora, beijim
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