quarta-feira, 28 de julho de 2010

Mastigar hipnotizador!

Me disseram que ando muito séria, andei pensando a respeito e resolvi ver as situações com menos severidade. Hoje, fui fazer um exame de Campometria, essa exame mede o meu campo visual e me dá a dimensão exata  do que perdi. Mas eu direi! do ainda tenho de visão, acho que assim fica melhor. Exame feito em Hospital público pelo SUS, me informaram para eu chegar as 13:00 hs, acabei chegando 13:30 hs, mas isso não faria diferença era por ordem de chegada através de senha. Com meia hora de atraso minha senha foi de nº 30, já estou acostumada a demora e sempre estou de bem comigo e por isso não fico stresada. Na espera  com mais de  trinta pessoas, pois a maioria vai com acompanhante, cheguei a conclusão que uns 80% levam acompanhante. Calculando cheguei a conclusão que 20% ficam conversando, 10% cochilando, 40% olhando a tv, que está enclausurada em um cubículo de ferro a 3 metros de altura.(a sala de espera tem o pé direito mais alto ainda),, engraçado que as pessoas ficam com suas cabeças virada para cima, como quem na posição de colocar colírio, só que essa posição cansa! e uns 30% ficam comendo, mastigando algo, para a hora passar rápido. E eu ali em uma posição estratégica, perto da porta do consultório, podia ver todos, então comecei a ver como as pessoas mastigam! gente do céu, descobri agora que ao mastigar, só o maxilar inferior se mexe. Daí ficou engraçado, cada um com um tipo de mastigar, boca aberta, boca bem fechada, alguém cobrindo a boca com a mão para não mostrar como mastiga. E eu ali observando ok! porque reparar é feio. Mas o que me chamou atenção foi um senhor de 75 anos (ele disse a idade a alguém) mastigar, o maxilar inferior fazia um movimento tão interessante que me chamou atenção, parecia que a boca chegava ao nariz, reparei que mastigava!, que mastigava!, aquele mastigar sem dente! com dificuldade. Mas aquele mastigar estava me hipnotizando, mas depois descobri porque. É o mesmo tipo do mastigar do meu avô, quando eu ia em criança levar seu almoço na roça ou quando comíamos juntos. Bom! aquela observação que era para me distrair, comecei a me emocionar, pois acabei lembrando do meu Avô, uma pessoas que foi imensamente importante para mim. Uma pessoas que descobri um amor imenso, tanto quanto ou maior do que meus Pais, por várias situações boas que passei com ele. Daí! gente o negócio ficou sério e tive que parar, senão ali eu ia chorar de saudades. Mas uma coisa é certa, somos seres único, cada qual com sua individualidade.
Não estou ficando doidinha, eu já sou, como diz minha neta. Essa vovó é doidinha.
Beijos

Um comentário:

Anônimo disse...

Bel.
Eu vim te ver.
Adoro os teus relatos, pois eles representam cenas autênticas do seu viver diário.
Sei que suas palavras tocam fundo no meu coração e me alegro por saber que és uma pessoa vitoriosa.
Hoje estou meio triste, as coisas não andaram bem com o a minha depressão, mas esse transtorno bipolar que possuo não vai me derrubar.Ainda tenho muitas coisas boas pela minha frente e vou convivendo com elas na medica em que vou fazendo tratamento com psiquiatras e psicólogos.
Amanhâ tenho consulta marcada para as 14 horas e assim como você, vou observar as pessoas ao meu redor.Se tiver alguém mastigando eu te conto depois(rs)
beijos e um abraço bem caloroso,
Heli