quinta-feira, 18 de agosto de 2011

"O retorno," atos 1º e 2º.

Estou livre para voar, por 2 meses e meio. Algum dirá! só isso? Eu digo tudo isso. Nem quero contar os dias. Explico, fui ao oftalmo, a pressão do olho está boa, o ponto não haverá necessidade de retirá lo. Estou radiante, mesmo que a miopia aumentou, mas já estou com lentes novas e enxergando tudo que é lindo. Mas contarei situações que acontecerem hoje neste período de espera do médico.
1º Como o espaço de espera é pequeno e fica muito cheio, chego pego a senha para a recepção e saio para o corredor do hospital. Estava sentada passou várias pessoas em maca. Mas de repente vi um objecto não identificado de imediato. Um quadrado transparente, cheio de luzes, fios e cinco pessoas empurrando. Achei estranho, mas vi dentro um montinho de algo rosa. A minha visão não permitiu distinguir.  Era um bebezinho na estufa, pelo que vi estava todo cheio de fios. Aquilo balançou meu coração, tão pequeno com tamanho sofrimento, mesmo tendo consciência do momento do bebezinho, não deixei de me emocionar, no momento só pude fazer oração em silencio para ele.
2º Uma senhora ganhou na justiça o direito de fazer uma cirurgia, na perna depois de um ano em espera. E com ela estava um reporte da Ric Record, acompanhando e fazendo sua reportagem. Houve discussão com os porteiro, que não permitiram ele entrar. Fico muito zangada, porque o governo quer esconder os problema da saúde, se sabemos que é péssimo. Eu em questão estava na portaria, alguém passou por mim e me chamou que entrasse com ele, esse alguém estava de jaleco. Fingi que não vi, mas ele insistiu, então eu disse: Eu? sim! mais porque? enquanto isso cheguei em frente ao consultório e vi uma macas, mesas e disse eu: O que eu vou fazer aí? Ele! a senhora vai ser consultada. Eu: EU? sim! eu não! não entro aí! uma situação hilária. Daí ele: a senhora não é Dona Maria a pessoa que ganhou na justiça para consultar? Não! eu sou Izabel. Outra moça, mas a sua bengala... Eu: é do olho, e estou no ambulatório oftalmo. Eu hem! era bem capaz de sair além de pouca visão, sem uma perna hehe.
Cansei! pois existe cena 3 eu comendo banana, cena 4 mais uma choro de criança, cena 5 pedido para sentar. Na próxima postagem completos os atos das cenas. Beijos

4 comentários:

Heliane disse...

Izabel.

São cenas reais, que nos mostram a debilidade do nosso sistema de saúde, mas ainda bem que vc saiu sã e salva dessa confusão toda(rs)
Grande beijo em seu coração.
Bom fim de semana
Heliane

Noemi Szcypula disse...

Voa, Borboleta, voaaaaa!!!!!!!!!

Humberto Dib disse...

Minha querida Izabel, que bom ter vindo para te visitar!
Nossa, que cenas reais as tuas, é o sistema, mas vc nem imagina como é que é aqui na Argentina, ainda pior.
Un beijo enorme.
Humberto.

Elô Araújo disse...

Izabel, cheguei aqui através de outros blogs q sigo. Não sei ao certo qual, mas o importante é que cheguei e fiquei imensamente feliz por ver alguém que, independente da limitação visual, enxerga muito além, pois enxerga com a alma.

Já estou a espera das cenas restantes.

Bjo grande e abraço na alma.
Diva L.