terça-feira, 17 de dezembro de 2013

De vez em quando!

Choro! Hoje pela manhã consegui transformar uma dor . A tarde fui buscar medicação, como está muito complicado devido a catarata, além do glaucoma e miopia! Nossa! que olhinhos sofridos são estes os meus.
Tomei muito cuidado, mas ao passar enfrente de loja de carros, motos, os clientes estacionam em frente ocupando toda a calçado. O pedestre usa o asfalto. Quando ia passar uma fiorina estava saindo, o motorista me viu e eu a ele, me deu sinal para eu passar. Assim comecei a contornar o carro e eis que dei de cara com uma extensão de uma escada que ele trazia em cima. Pô! me autoriza e esquece que tem empecilho, como não sou baixinha me atingiu de cheio. Parei segurei na escada para aliviar minha dor. Segui em frente e o jovem motorista nem saiu do carro para ver se estava bem. De repente alguém me chama, pergunta como estou, provavelmente o dono da loja, perguntou se eu queria voltar e sentar, se queria água, se realmente eu estava bem. Falei estou bem moço, mas vamos combinar né: ele disse: ele se esqueceu da escada. Falei : quero é chorar moço.
Ele me pediu desculpas, perdão e eu continuei o caminho chorando de tudo menos de dor física.
Dor de não poder ver direito, dor de precisar de ajuda de outros , dor das pessoas não saberem nos ajudar, medo! pois fiz cirurgia recente e não poderia  sentir nada brusco na cabeça, medo do ponto se abrir, medo de ficar cega. de não poder ver mais minhas netinhas e netinho.  medo de sentir medo. 
HÔ! Meu Pai, me ajuda Jesus e espiritualidade amiga a encostrar a serenidade e equilíbrio tão necessário para minha alma e físico.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Bruaca!!!!

A vaca faz muuuu!, o pato faz qual-qua! E a vovó faz bruacaaaaa! Assim diz meu genro. Estávamos, eu minha mana e sobrinha passeando pelo centro cultural da Marinha no Rio de Janeiro. Muito calor e no aguardo do passeio da barca pela orla da Baia de Guanabara, fomos comprar picolé na lanchonete do local.
Até ai! Tudo normal, minha mana como minha guia juntamente com a Duda (bengala) que é mágica ou bruxa como a dona. Caminhando em direção a lanchonete, como sempre a acessibilidade aqui no Brasil é péssima, Minha mana se distraiu, não acostumada ser guia, eu dei um tropeção no meio fio e quase beijei o chão do Rio. Claro! Que na minha falta de compreensão, fiquei brava. Sem a menor educação, dizem que bradei em alto som "bruacaaaaa" 
Estávamos quase na entrada da lanchonete, onde cheio de turistas sentados, se refrescando na espera do embarque na barca para o tal passeio. Não preciso dizer que não os tinham enxergados. Entramos e diz minha sobrinha que após o bruaca as pessoas nos olharam e quando somos passando com a Duda eles nos deram passagem, parecendo o mar se abrindo, como fez alguém que conta a bíblia.e que teve alguém,  que quase se colou na parede ppara dar passagem, quem diz isso é minha sobrinha. Bom! Tirando minha falta de paciência e educação com a mana! Quero dizer que a Duda continua sendo uma bengala mágica. De volta para casa, lógico !  veio a vingança, ops! o comentário e as gargalhadas. Então como nada se perde, ganhei esse refrão. 
Perdão Mimi eu amei o passeio e recomendo. Beijos
Bel  Talarico

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Porque Florianópolis é...

Acessível. Venho reparar uma falta grave que cometi. Em Florianópolis, temos a Acic Associação para Integração dos cegos e baixa visão, esta entidade tem mais de 30 anos e foi fundada pelo Sr. Adilson Ventura, que fez Acic conhecida no Brasil. Hoje ele já é falecido mas sua obra continua com todo o empenho a favor das pessoas com deficiências visuais. Temos agora o Jairo como presidente e uma equipe multi disciplinar que fazem bastante, correm, reivindicam a acessibilidade através da prefeitura e outros órgãos competentes. Penso que se não estivesse A Acic cutucando os governantes não faria nada. Por isso o mé rido é da associação e não dos políticos. 
Pronto me retratei.
Obrigada
Bel Talarico

domingo, 28 de julho de 2013

Lugares diversos.

Boa tarde! meus amigos, volto dar noticias neste blog. Ele é direcionado para dar informações aos amigos invisuais e outros para saberem como é nosso dia a dia como deficientes visuais. Estou fora de Floripa, desde Janeiro, viajando por motivos maravilhosos, como visitar meus netos em Toledo, minha mãe em São Paulo, receber minha netinha na França e outra netinha no Rio de Janeiro onde me encontro hoje.
A cada lugar visitado eu observo a acessibilidade. Começo por Toledo no Parana, uma cidade linda, plana muito bem cuidada, porém a acessibilidade deixa a desejar. Somente no centro da cidade tem os pisos táteis e nas praças. Fiquei em um baixo novo, ali o asfalto é muito bom, as caçadas são quase todas com grama, me obrigando a caminhar pela rua. Mesmo assim consegui sair e dar minhas caminhadas sozinha.
Agora falo de São Paulo, dependo exclusivamente de carro, calçamento péssimo, asfalto tb sem nenhuma acessibilidade, estou falando da zona norte.
Bordeaux França o piso tátil quase não existe a diferença que lá as ruas, as calçadas são muito boas e tem sempre rampa, Lá tb consegui sair só para caminhar num parque próximo.
Rio de Janeiro, tão ruim quanto São Paulo, penso que com um agravante tem as ruas com subida e as pessoas em vez de rampa fazem degraus, isso propiciou que eu levasse meu primeiro tombo desde que fiquei deficiente.
Quantos as companhia aéreas e rodoviárias não tive queixa. o Atendimento como preferencial foi muito bom
Portanto a minha amada Florianópolis ainda é o melhor lugar para pessoas com deficiência visual viver. E que bom que eu moro nesta linda e encantadora cidade.
Em Setembro se Deus assim permitir voltarei para continuar com meus trata mente e cirurgia nos olhos. Beijos e Obrigada a todos. Fiquem com Deus 
Bel Talarico

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Novos meios

Tenho percebido cada vez mais a minha dificuldade em ver. A catarata esta presente também. Então estou descobrindo novas maneira de ter um pouco de independência. Faço uso de medicações e para distingui lãs, estou marcando cada cartela com um corte pequeno em forma de v e ao dividir os comprimidos observo a diferença, a consistência a forma de cada. Assim consigo usar o tato para aprender mais e conservar o pouco de visão que tenho. Aceitei minha deficiência mas não descuido de jeito nenhum. Obrigada Deus por tudo que tens me ofertado.