segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Dançando na calçada...

Será dança? acho que estou mais para bêbada é assim que me sinto, caminhando pelos calçamentos desta cidade. Dizem que é uma das melhores em qualidade de vida, deve ser para as pessoas normais. Santo Deus!!! como é difícil podermos continuar com um pouco de independência. A cada 20 metros muda o desenho do calçamento, cada um faz de acordo com seu gosto, xadrezinho! lisinho! onduladinho! com buraquinho! com craterazinha! com paralelepipedozinho (nossa enrolei a lingua), com seixo rolado! com caquinho como moisaco e assim vão, há quase ia esquecendo e aqueles que fazem o calçamento como estacionamento, e ainda estacionam na rampa de cadeirante que eu uso também. Dá uma vontade de tacar a Duda(minha bengala mágica) na lataria ehehe, fica só no pensamento! estou deficiente da visão e não do juizo. Mas que dá, da.
O pior ainda é que nessa dança, fora de local, junto dança nossa coluna, nossas juntas, porque a cada saliencia que tem, sinto um baque na coluna, muitas vezes perco o equilíbrio e quase me esburracho no chão. O quase é a mão macia de alguém me auxiliando. Outro dia nesse quase, quase convidei o jovem que segurou minha mão para dançarmos alí mesmo, a dança das calçadas ruins. Piada a parte, realmente não dá, eu prefiro andar na beiradinha do asfalto, tem lugar que fica difícil e perigoso porque é rua de transito rápido. Fora que já ouvi: Sai da rua ceguinha! e eu fico rezando o Pai nosso, para me acalmar e não dizer a ele que ceguinha é a mãe!.
Temos também algumas calçadas em prédios novos ou reformados que são melhores, onde colocam os sinalisadores no meio do calçamento (uns em forma de tiras) porque os de bolinhas estão na beirada e tem um monte de coisas em cima, poste de luz, lixeiras, cavalete de placas para restaurantes, árvores plantadas, até para as pessoas ficarem em fila esperando o ónibus no terminal, serve pra tudo, menos para que; e quem realmente precisa. Bom pelo menos alguém ganha com isso, são os médicos ortopedistas, eu já estou com minha coluna estourada, conheço muitos nesta mesma condição. Assim vamos dançando pelos caminhos das calçadas com nosso caminhar trôpego.
Vamos dançar? digo caminhar?
Beijos, fiquem com Deus.

sábado, 29 de agosto de 2009

Adeus ao amigo...

Como sabem a Duda, minha Bengala Mágica, me acompanha em todos os lugares sem reclamar, muito solícita cumprindo com seus objetivos. Um outro dia eu disse que ela de vez em quando fica revoltada e dá uns chiliques. Fomos a Feira de artesanato, onde participo como expositora, é um lugar que me acalma, até aí nenhuma novidade, porém chegamos lá, fomos informada do desencarne de um amigo nosso e colega de Feira ( já se encontrava doente) fiquei compadecida sei que vamos sentir sua falta, aliás já estamos sentindo sua falta. Sendo assim: hoje foi diferenciado, pois saímos as 14:00 e fomos direto para o velório e enterro do nosso amigo. Fui porque me deram carona, isso foi muito importante, pude dar um abraço a companheira dele que também é minha amiga e colega dizendo que ele renasceu em outra dimensão é o que acredito realmente, sei que a ausência física será sentida. Tenho em meu computador uma pasta só dele com muitas mensagens lindas que recebia. Mas falando da Duda ela foi guerreira também e não me deixou na mão, porque em lugar desconhecido e principalmente com muitas pessoas próximo, fico desorientada para caminhar, então fico com receio de tropeçar e cair. Voces podem não acreditar mas meu medo é de tropeçar naqueles castiçais e cair levando para o chão eu e o caixão. Mas consegui com ajuda da Duda e de uma amiga, dar nosso último adeus fazendo uma oração, suplicando que nosso amigo seja recebido com serenidade nessa nova morada, e que sua esposa passe por essa etapa contando conosco. Então a Duda teve uma experiência diferente, mas que faz parte da nossa existência nesta terra, sei que posso contar com ela em todos os momentos para auxiliar na minha locomoção com segurança.
Vai em paz Jorge, sua etapa foi cumprida, desembarcasse do trem da vida primeiro, mas um dia todos nós desembarcaremos desse trem.
Beijos.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Almoço que não aconteceu.

Hoje falaria sobre os deficientes visuais e os calçamentos, mas fica para outra postagem.
Por que fui convidada a participar de um projeto para conclusão do curso de uma jovem, sei que é tão linda quanto a irmã. Hã! ficaram curiosos né, para saber quem são essas meninas.
Mas por ora falarei um pouco sobre algumas situações (hoje hilárias) mas no dia fiquei furiosas.
Certo, dia na hora do almoço, tinha dinheiro, tinha tempo, tinha fome e tinha vários!!!! restaurantes, acabei não almoçando. Acho que naquele dia estava de nariz torto, não quis pedir ajuda, mas também ninguém me perguntou se eu precisava de ajuda. Bem feito para mim, fiquei sem almoçar e de mal humor. Acontece que os restaurantes aqui em Floripa, principalmente no centro são todos nos andares de cima das lojas, ou tem que subir alguns degraus. primeira dificuldade eu como tenho glaucoma, já perdi todo o periférico. Como disse o Oftalmo nossos olhos enxergam o escuro com um tal de bastonetes que se localizam no periférico, como não tenho mais o tal dos bastonetes, resultado no escuro sou como uma alma penada que procura a luz, no meu caso a luz do poste, luz das casas, dos ambientes. Andando devagar com meu andar trôpego(o dia estava lindo e eu com dia assim no ar livre fica melhor enxergar) passava por um, e cade o restaurante, só enxergava um treco preto, como porta, tentava olhar para dentro, a escuridão continuava, sem conseguir visualizar nada, lá ia eu para outro. Aquele que fica lá encima tentava ver a escada e nada e assim passei por vários e não tive coragem de entrar, e pedir ajuda, e fui ficando brava, covardemente coloquei a Duda (minha bengala) a trabalhar(hehehe batendo nas pernas das pessoas de propósito), pasmem! que esses restaurantes já eram meus conhecidos e amigos na época de visão boa, hoje são meus inimigos, quando estou sozinha, quando é a hora do almoço das 12:00 ás 13:00 das pessoas ditas normais, porque elas é que são cegas e loucas por fazer tudo rápido automaticamente. Em cima disse algumas, mas hoje falo só dessa, depois conto mais, Certo! Assim voces voltarão no meu blog para saber mais, afinal a curiosidade pra serve. hehehe
Obrigada.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Òióió! a ceguinha esqueceu!!!

Chega de chororo por hora. Essa frase do título, com certeza já foi dito muitas vezes, depois de eu me ausentar dos lugares. No começo, minha relação com a Duda (bengala) hoje mágica, naquela época, nós tínhamos uma relação de amor e ódio (não gosto dessa palavra, vou substitui-la por raiva). A Duda toda cheia de amor por mim, é paciente, é firme, mas de vez em quando dá uns cinco minuto, e cai pra lá, se solta e faz um barulho, crak, crak, (4 vezes) parece assim. Mas como disse, o meu relacionamento era sempre de raiva, vivia esquecendo ela, encostada no caixa do banco, na boca do caixa do mercados, no lado da gondola etc. Mas logo, era lembrada pelas pessoas que diziam assim: Moça? oi Moça ou Senhora, Senhora? está esquecendo sua bengala. Eu olhava para a pessoa e soltava um sorriso amarelo,(aquele da cor do burro quando foge), daqueles bem sem graça, de vergonha! claro. Afinal se sou deficiente visual! como esquecer minha bengala. E, as pessoas não sabem que baixa visão também pode fazer uso de uma bengala, daí ficava uma situação chata, como que eu estivesse fingindo. Bom!... eu pensava, que eles pensavam hehe. Eu sempre queria fazer as coisas no meu tempo de antes, até que hoje quando chego na boca de um caixa ou algo assim, primeiro fecho a Duda (hoje meu sentimento por ela é de amor) coloco-a em cima de algo, ou dentro da minha bolsa. Me recuso colocá-la no chão como um traste, mesmo porque depois fico com dificuldade de encontra-la e para pegá-la do chão, afinal meus pneus que teimam em permanecerem estacionados no meu estomago, dificultam esse ato. Não quero nem saber se tem fila atrás de mim, hoje é meu tempo que vale. Se tem alguém stressado atrás eu mando ir pescar. heheh brincadeirinha!
Quando eu ainda dirigia, mesmo com a dificuldade, porque os retrovisores faziam a vez do periférico, lá ia eu toda. toda. Após estacionar o carro, eu descia e pegava a bengala, mas o mais engraçado que a Duda ia no banco do carona, ainda bem que Deus foi benevolente comigo, pois poderia ter machucado pessoas inocentes pela minha teimosia em continuar no volante. Voces já pensaram como seria em uma dessas batidas estava eu dirigindo toda segura e depois saia fazendo uso da Duda. No mínimo seria altuada por falsa identidade, por direção perigosa. Mas prestem atenção na cena, depois me digam se não era hilária. A falsa cega, porque esquecia a bengala hehehe.
Hoje mais ajuizada e resignada não dirijo mais (mas ainda sei, sou capaz) não esqueço mais a bengala. Tenho um sentimento de gratidão a ela e a Deus que permitiu que alguém inventasse as Bengalas para nós deficientes visuais continuássemos a nossa locomoção. Continuando um pouco independente.
Beijos. Fiquem com Deus

domingo, 23 de agosto de 2009

Tres emoções extremas...

Retornando em 12/2005, recebendo a notícia bomba, dai é que subi até Belo Horizonte, pois ali nasceria, como nasceu minha primeira neta, hoje com 3 lindos anos e 8 meses. Interessante que a data é a mesma em relação a descoberta do Glaucoma, então fica fácil lembrar, pois a idade dela eu não esqueço. Ao meio de muito choro e pedindo permissão a Deus, que me desse a oportunidade de vê-la com os olhos físico. Graça concedida e muito agradecimento. Naquele mesmo ano, antes de continuar com a corrida dos olhos, pois então já estava sendo medicada, com colírio Timolol, Travatam meus olhos pareciam que estava drogada de tão vermelhos, me doíam, quase não podia abri-los para tentar enxergar, foram momentos muito difíceis. Tive outra corrida, estava com um tumor no maxiliar inferior, descoberto na mesma época do Glaucoma. Fui internada para retirada do mesmo, em 13 de Fevereiro de 2006, foi feito biopsia, correndo tudo bem, mas em recuperação da cirurgia no buco maxila, continuei no socorro dos olhos. Iniciei um tratamento com um especialista em glaucoma, em Março de 2006, foi feito troca de colírios, pois aqueles em uso não faziam efeito, a pressão ocular estava em torno de 38 e ainda para piorar minhas córneas são consideradas finas. Após mais 3 meses de tratamento, novas mudanças de colirio então em Agosto o Oftalmo me disse que precisaria ser operada, me explicou que os colírios em uso, já tinha usados todos disponível no mercado e não fazia efeitos. Me informou que no processo acelerados em dois anos provavelmente estaria completamente cega. Me disse dos procedimentos e riscos, mas disse que se voce ele nessa situação arriscaria, e assim aceitei. A cirurgia seria a Trabeculectomia, pois nessa altura Raio Laser não adiantaria.
Medidas tomadas, exames feitos do pré operatório, foi marcado para dia 23 de Setembro de 2006 a primeira, feito no olho esquerdo. Hoje com 5% de visão tubular.
Depois falo da recuperação que é bem cansativa, mas o medo de ficar cega é muito, então fiz todo o processo de recuperação direito. Há, o tumor no maxilar era benigno ok.
Mas olha gente! que ano cheio de emoções extremas. Por ordem, descoberta do tumor, descoberto do Glaucoma e nascimento da Sofia, que me deu forças para seguir. Tudo isso de 15 de Dezembro de 2005 a 01/01/2006. Não tinha outro jeito ou eu confiaria em Deus? ou desistia de tudo. Mas escolhi confiar, escolhi firmar minha fé. Hoje estou aqui, passando um pouco a voces tudo sobre controle. Graças a Deus, através dos nossos anjos de branco que estão aqui na terra para nos ajudar.
Obrigada.

sábado, 22 de agosto de 2009

Quando as lágrima se misturaram...

Um certo dia, precisando cumprir com compromissos, bancário e outras coisas tomei coragem, peguei minha bengala rumei ao centro do bairro. Estava ainda aprendendo usar a Duda, me lembro que estava tão mal, tão triste, revoltada, desci do onibus e fui caminhando como uma bêbada, pisando em falso eu chorava muito, a cada passo era uma lágrima. Me lembro que estava chovendo, coloquei um sobre tudo para me proteger da chuva e seguia com a chuva caindo no meu rosto, misturava com minhas lágrimas a bengala ia comigo tão bêbada como eu. O tempo de chuva fica escuro, também fica mais difícil ver, escurece no meus olhos. Tenho a imagem de uma mulher de capa preta molhada, cabelo escorrido e molhado pela chuva e minha alma em pranto e desespero. Lembro-me que parei em baixo de uma marquise e não me importei se alguém viu, naquele momento eu só precisava chorar, GRITEI!!!!! em silêncio, olhava o céu e tudo se misturava, as emoções, a raiva, a decepção, senti pena daquela mulher, daquele ser humano em sofrimento profundo, numa solidão assustadora, com medo, querendo me esconder, me encolher, entrar em uma toca, dormir! dormir!dormir! para sempre, tamanho foi o meu sofrimento, porque minha gente era um sofrimento do espírito sem dor física, mas quem já sentiu! sabe que o sofrimento da alma é uma dor que doi sem doer. Mas é tão intenso, que neste momento escrevendo este fato ocorrido estou emocionada e chorando, ao mesmo tempo sei que a doutrina de Jesus através do Espiritismo, foi o meu refrigério, senão pode ser que não estivesse aqui para contar isso para vocês. O sofrimento, o medo, tudo ainda existe, pois de vez em quando aparece, vem a tona, só que agora é mais ameno, menos dolorido. Hoje tenho Fé em Deus. "Porque a aceitação é o consentimento da razão e a resignação é o consentimento do espírito". Este relato é mais um desabafo e dizer a voces que sou fragil!, que sou forte!, que tenho medo!, que tenho coragem! que choro, que sorrio, em fim um ser cheio de defeito, emergindo minhas virtudes e procurando a evolução que é o destino de todos seres humanos. Beijos

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Andar trôpego.

Hoje, falarei sobre o andar, os passos de um cego ou baixa visão. Recentemente ouvi dizer que quando se nasce cego os passos são mais firmes em comparação das pessoas que adquiriram a cegueira no longo dos anos, ou até as pessoas com visão subnormal. Até posso concordar em termo, como sabem faz 3 anos que entrei neste mundo, sou uma observadora voraz, pois assim vou podendo me adaptar, vou aprendendo com os meus amigos e aceitar essa condição diferenciada. Reparei e já senti, que aqueles passos firmes de outrora não voltarão. Percebi que os cegos andam sim, por muitos lugares, mas antes tem um aprendizado, como os baixa visão também, somos como crianças entrando num mundo novo, aprendemos a andar, a fazer as coisas do dia a dia, só que a cautela sempre vem em primeiro lugar, diria mais o medo de cair, o medo de se ferir. E nosso tempo anda em camera lenta, em contra partida da maioria, que correm!, correm! também já fui assim, hoje digo que sou lerda. Tenho que sempre lembrar as pessoas que elas podem fazer mais devagar, mas eu não posso mais me apressar. E esse andar trôpego de todos que conheço, mesmo sendo guiado por outras pessoas, mesmo tendo domínio do nosso espaço faz parte de nós. Aquele andar, soberbo! forte!nunca mais, nesta vida. Mas isso não quer dizer que nos tornamos fraco, que não temos nossa vontade, nosso direito de ir e vir. Tudo está dentro de nós, merecemos respeito, temos objetivos, queremos carinho, amor afinal estamos cegos dos olhos e não da alma. Mas a ignorância das pessoas são tantas. Deus do céu!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Continuando........

Falando um pouco mais sobre a Duda (bengala), lembram-me que ela também abre caminhos. E é verdade, as pessoas vão me dando passagem. Agora gente! quando estou mal humorada faço uso dela da maneira como me ensinaram, inclusive fazendo barulho (tec,tec,tec) como eu olhando mais para baixo só vejo os pés e pernas das pessoas, é um tal de pés pra lá e pra cá desviando de mim, mas parecendo uma dança conduzida pela Duda. E quando o meu lado malino aparece, faço a mesma coisa e por dentro dou risada por ver a dança das pernas.
A Duda também ficou deficiente. com ela aconteceu assim: Sentando na frente próximo da porta, soltei a para ajeitar algo, e o motorista fechou a porta para seguir viagem, hi! não deu tempo ela ficou entalada pela fresta, puxei e nada, não tive outra alternativa, olhei para o motorista e disse: Moço? a Duda ficou presa!, ele não entendeu, se assustou! me perguntou o que? então repeti, ela ficou presa e mostrei a bengala. O motorista parou o carro, o cobrador desceu e foi salvar a Duda. hehe ela estava toda torta, na forma de um L. Para quem não conhece uma bengala para cego, ela é em forma de I, ele fez força, tentou desentortar a danada, a menina é forte, mas conseguiu deixá la em uso. Agradeci, mas quando desci, vi a bengala com uma barriguinha, chegando em casa, peguei meu martelo de poliuretano e dei, várias pancada, ficou melhorzinha. Foi então que lembrei da cara do motorista e caí na gargalhada, ainda bem que estava em casa, senão teria sido internada como louca. O coitado deve ter pensado que era alguém, de verdade. Acho que eles também devem ter rido da situação depois.
Informações técnica:
Nome:Bengala (guia para cegos)
Apelido: Duda
altura: 1 m e 22 cm,
Nº 48, gente! até a minha bengala é tamanho G
composição: formada por 5 gomos, na média de 25 cm cada.
Cor: Cabeça e pé preto, corpo branco, perna amarela, se junta por meio de elástico, nº40
Utilidade: ajudar os cegos e baixa visão, na locomoção.
que no caso da Duda, já foi trocado o elástico, então coloquei um vermelho mais fino dando muitas voltas, com isso o acabamento ficou bem de acordo comigo, toda descabelada, com os elásticos terminando em cima, espetados. Uma filha minha disse mamãe que coisa feia! eu disse pra voce, pra mim está linda. Um segredinho tenho duas bengalas, uma vip toda novinha em folha, que vai nos eventos sofisticado, e a Duda genérica, que me acompanha muito mais, tenho mais afinidade com a genérica de cabelo vermelho( digo elástico)
E assim caminhamos eu e Duda, minha Bengala Mágica, deficientezinha, ajudando outra deficiente.
Fico por aqui, desejando a todos que fiquem com Deus.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

"Uma companheira e tanto"...

Hoje falarei como a "Duda" foi promovida a "Bengala Mágica" entrou na minha vida. Lá! pelo meados de Setembro de 2006, após a descoberta do glaucoma, já em tratamento com a primeira cirurgia marcada (Trabeculectomia). Por iniciativa própria pedi encaminhamento a uma Fundação do Estado que receberia orientação e auxílio óptico necessário. Tenho o telescópio "O galileu", tenho a lupa a "a zoiuda". Bem! passando por lá, conversei com assistente social, com psicólogas, com oftalmo e uma pá de gente, todos me dizendo, que estava com deficiência visual. Foi então que depois de um mês de treinamento lá e no centro da cidade, no dia queria enfiar minha cara no chão de tanta vergonha, com vontade de chorar, gritar, espernear. O professor de mobilidade, que foi homenageado pela Duda, porque ela tem o nome dele, só que no apelido, me perguntou no final, responda agora com franqueza, voce vai usar a bengala?. A emoção, a raiva diria NÃOOOOOO, mas a razão, ou o susto pois não esperava essa pergunta de supetão! disse sim!. Coitado! acreditou e me deu a bengala, mal sabe ele que ela ficou 7 meses (por pouco não nascia a Dudinha) na minha bolsa. A coitada passeou, andou, tudo dentro da bolsa no escuro, não deixando eu esquece-la, não reclamando de nada, inérte, fria, dura. Nesse período fiz terapia e depois de muita conversa, uma palavra mágica que ouvi (dor) prometi que sairia dali com ela e usaria sempre. Assim fiz, nessa altura do acontecimento, já tinha esquecido toda a lição que aprendi como usá-la. Mas fui, cambaleando, tropeçando, resvalando nas pessoas, nos obstáculo, a cara, quase no chão junto com ela de tão brava, humilhada que fiquei, nossa! foi um horror! literalmente. Hhehe, mas o meu lado malino, logo percebeu que poderia dar bengaladas nas pernas das pessoas, como que sem querer, assim fui fazendo sem dó, nem piedade, afinal alguém tinha que pagar! porque comigo?. Tenho uma filha que hoje mora em outro país, que acompanhou todo o processo da perda, das cirurgias (foram cinco), sempre muita carinhosas, cuidadosa com paciência me disse com carinho"Mamãe! voce já reparou que sua bengala é mágica" nunca me esqueço foi no terminal de ónibus que temos aqui, um lugar cheio de pessoas com pressa, perfeito para eu descontar minha raiva. Parei! olhei para ela, como assim? ela me disse pensa que não vejo mamãe que voce dá bengalada nas pessoas sem necessidade, voce estica ela mais do que necessários só para atingi-las ela não tem culpa do que está acontecendo com voce!. Abaixei os olhos com vergonha. Me disse ela, quando as pessoas se viram para trás, para tirar satisfação! elas vêem voce com uma bengala, então dizem "desculpe" senhora, me desculpe não a vi. A bengala é mágica" mamãe" ela transforma as pessoas, as deixam educadas, pense nisso! Continuamos sem falar uma palavra entramos no onibus, em silêncio, como sento na frente e ela na parte de trás do mesmo nos separamos. Aquela palavra" mágicas "me tocou fundo, mais ainda vindo , da minha filha, tão jovem e já com tanta sabedoria. Como não sou boba, acatei, desde então essa minha companheira a Bengala, se transformou em Mágica, com direito a um endereço na web, para ficar registrado ao mundo suas peripécias, como minha amiga, minha guia, meus olhos me permitindo um pouco de independência, sem nada cobrar, sem reclamar. Essa é a Duda a "Bengala Mágica"
E digo a voces que ela tem muitas histórias para contar.
Beijos.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Buá!...Buá!...Snif!...

O meu cérebro, coitado deve estar ficando louco!, porque, quando eu penso que enxergo! não enxergo. Quando penso que não enxergo! eu enxergo. Sendo assim fico em cima do muro e a decisão que ele deve tomar fica difícil. Muitas vezes já pensei se não seria melhor a cegueira de uma vez, mas pensamento quando deprimida, porque na real estou agradecida a Deus pelo pouco que vejo. As coisa se processa assim: quando estou dentro do onibus, carro, janela parece que enxergo normal, como antes, mas então, aprecio o mar, maravilhoso que temos aqui, passando pela ponte que liga o continente com a ilha é de uma beleza ímpar. Acabo esquecendo da minha dificuldade, só que o bicho pega, quando tenho que caminhar, descer do onibus, levanto toda faceira e imediatamente fico empacada, por que não vendo o chão, os degraus, fico insegura, entra em ação a bengala mágica, que tem o nome "Duda". Daí minha gente é um tal, agora estou vendo, de repente não estou vendo, assim não dá! assim não pode!. O tico e o teco ficam em briga, um diz: ela está vendo! o outro retruca, não!! ela não está vendo!, e eu no meio, meio tonta páro: parou!porque?porque?parou!. Paro porque não consigo definir de imediato o que tem na frente para eu continuar. E quando estou indo num embalo, porque já mapeei a frente , um pedaço do caminho, alguém me chama, Izabel!!!!! ou o celular toca hehe. Bom!paro de novo, para atender ou tentar localizar quem me chamou (pela direção do som). aí entra o ouvido vendo. Celular atendido ou quem chamou? volto para continuação de minha caminhada, se saí da direção que eu estava indo, tenho que fazer um movimento de rotação (girar em torno de mim) com meus pés no chão sei que naquele espaço não vou cair. O movimento de translação, atender o celular, acenar para as pessoas, correr para pegar onibus, observar qualquer coisa que me distraia do meu caminhar, ficou no passado. Se quero ver um homem lindo! ou até uma linda mulher! porque não, gosto, admiro as pessoas que se vestem combinando as roupas, com seus acessórios, aprecio o que é belo, sou obrigada a ignorar ou então, parar, girar em rotação e acompanhar com os olhos, como isso fica muito indiscreto prefiro ignorar. Há! mas quando estou dentro de carro, no onibus, consigo continuar com essa prática prazeirosa. Duas vezes por semana , pego um onibus para ir a escola de pintura, como sento na frente, fico observando, e tem um moço que é motorista do mesmo! Deus do céu que coisa mais linda, meu pensamento voa, retorno ao meus 30 anos. Pensam! voces que estando quase cega eu deixei de admirar o que é belo! nananinanão. Mas 15 minutos depois a realidade, meio a meio, meio cega, meio vidente. Só me resta dizer para ele Obrigada e um bom dia pra voce. Respostas: Obrigado e pra SENHORA também. Buá.Buá...
E a realidade começa de novo...

domingo, 16 de agosto de 2009

Os sentidos fazem sentido...

Aprendemos na escola os cinco sentidos, visão, audição, olfato, paladar e tato, acho que acertei! Pois então! seguimos a nossa vida usando esses sentidos normalmente sem muita importância, sem verdadeiramente apreciar a capacidade de cada um, até que um dia voce é ferido em um deles. Aí sim: começamos a perceber que esses sentidos, fazem tanto sentido. Eles se invertem, expandem, ficam tão amigos, um ensina o outro. A visão ensina a audição, o paladar,o olfato, o tato. O ouvido ensina os olhos a ver, o tato a ouvir, o tato ensima a ver,ouvir,sentir e assim seguem em uma verdadeira escola, passando os ensinamentos a todos um troca troca maravilhoso. Hehehe voces devem estar pensando que fiquei lelé? quem sabe: talvez por isso que consegui perceber toda essa cinesia que somos capazes. Nesta postagem falarei dos olhos, lógico, depois postarei um a um, porque meu cérebro está numa verdadeira cinesia. Continuando, quando meu olhos foram feridos mesmo na angustia de morrerem, logo começaram a ensinar seus amigos a verem, primeiro foi o ouvido, como meus ouvidos vêem, quantas vezes faço uso dele para ver se posso passar uma rua, se alguém está se aproximando, ouço muito longe. Claro que se paga um preço por isso, os efeitos colaterais são, os barulhos meu Deus como o barulho maltrata meus ouvidos, a cada som alto, ou quem sabe sou eu que os ouço assim, é como uma bomba, doem. Quantas vezes gostaria de ter comigo um tampão para não sofrer muito. E os meus olhos, também se prontificaram a ensinar o tato para ver. Este hoje em dia acha as coisas próximas mais rapidamente que os olhos. É interessantes, quantas vezes me pego querendo ver, para achar algo, ficando difícil as mãos entra em ação rapidamente. Efeito colateral, as vezes tenho nojo do que pego, lavo as mãos mais assiduamente, também senti que elas estão mais sensíveis ao toque, a se machucar, ao calor. O olfato: esse ve sentindo o cheiro, percebo o cheiro onde pessoas normais não estão sentindo. Odor bom é agradável, mas também na mesma proporção do agradável, sinto o desagradável, posso identificar as pessoas pelo seu cheiro, seu perfume ou vice versa hehe. O paladar como ver com ele uma vez em um restaurante meus olhos viram algo na cor laranja, lindo demais, pensei oba! tem manga(minha fruta preferida)vou come-la com o almoço, na hora do paladar que descepção! era abobora, só que gosto de abóbora também ficou tudo certo, mas a experiencia e a observação ficou gravado em meu cérebro.Nesse exemplo foi o olho que se enganou, mas podemos comer algo sem ver o que é, e logo decifrarmos o que estamos comendo, isso é ver com o paladar.
Por hoje fico por aqui, desafiando voces a começarem e prestarem atenção nos seus sentidos, em todos os sentidos, porque nosso corpo é uma máquina, não!!! é um ser maravilhoso, que fala, que divide, que soma em função de ajudar seus amigos, todos os órgão que compõem essa máquina divina e finalmente o nosso espírito que vive dentro dele agradece pela amizade verdadeira entre eles, que mesmo um em dificuldade para cumprir com seus compromissos, todos se unem em uma só ação, para continuarem em sintonia perfeita.
E nós pessoas a pessoas porque não aproveitamos isso, para nos tornamos pessoas melhores, agindo no coletivos para todos seguirem, sem discriminações a todos e principalmente aos "ditos" diferentes.
Beijos fiquem com Deus


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

"Então tudo escureceu"...

Retornando em "Quando começou", antes de me aposentarem como invalida, eu era corretora de imóveis, uma profissão muito tensa, de muita correria, sem horário, só que eu sempre fui tranquila "aparentemente" porque descontava e desconto na comida minhas ansiedades. Trabalhava em um escritório no oitavo andar, por isso conhecia bem o prédio com sua entrada, para chegar até o elevador andava num corredor comprido. Um dia chegando na entrada, entrei e escureceu como acontece quando saímos do claro (sol), mas quando nossa visão é normal, logo nos adaptamos com o escuro e voltamos a enxergar. Naquele dia isso não aconteceu, porque a adaptação é rápida, então fiquei no escuro, meus olhos não respondeu, mas eu segui até o elevador, tendo a parede como guia, sem alarde, sem escândalo, cheguei até o elevador, comprimentei quem estava na portaria, que não vi quem era! mas sabia que tinha alguém, olhei para cima reparei que visualizei o numero em cor vermelha dos andares. Bom o elevador chegou, entrei, coloquei a mão para selecionar o andar, percebe que tinhas umas bolinhas, hoje sei que é escrita em braille, contei os botões até o que eu queria, todo esse processo foi sem enxergar, sem chorar, sem falar nada para alguém, ou melhor sem pedir socorro, porque agi assim? não sei! orgulho?, medo?. Ai, já percebi que os contraste eu vejo melhor. Cheguei no andar, me dirigi até o local, não demorando muito sai novamente para a rua. Fiquei pensativa, trabalhei e marquei uma consulta com um oftalmo (particular), onde foi constatado o Glaucoma de ângulo aberto.
É muito importante fazermos exames do fundo do olho, medirmos a pressão do olho, vejo que tem muitas pessoas que quando digo sobre a pressão do olhos eles pensam que é a mesma pressão do corpo. Em 5 gerações sou da terceira e sou a única com glaucoma.
Para o momento fico por aqui. Tenham todos um bom dia, com serenidade e amor de Jesus em seus corações.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Acompanhando o blog do Ferrari

Antes de comentar do meu dia, digo a voces que estou acompanhando um blog com o endereço www.blogdoferrari.com.br que vale acompanhar. Estou encantada e ao mesmo tempo humilhada, enquanto o site dele é realmente uma Ferrari, o meu não passa de um Fusquinha uma bengala hehe. A trajetória desse menino de 33 anos é linda, maravilhosa, quanto temos que aprender com suas postagens! com suas experiências. Chega! querem saber mais acompanhem ok. Mas não esqueçam do meu Fusquinha.
O dia de hoje, não foi diferente no sentido que precisei ir em uma lan house, em uma loja de fotos, para imprimir, em um cartório e em um restaurante. Como sempre observando as dificuldades e limitações (não dá para esquecer) e vendo que nada é feito pensando em nós, deficientes, mas consumidores potenciais.
Analisando:! a lan, está no andar de cima com uma escada que mal me cabia, além disso em caracol na cor preta. helele fui subindo me ajudaram achar a escada e pediram para alguém lá em cima vir me auxiliar, mas como se só cabia eu. Subindo,subindo bati o ombro numa saliência na parede. Ai! me machuquei, continuando, não perguntei! mas duvido que tenha computador com programa para os cegos.
Loja de fotos, na sobre loja, toda em vidro e moveis branco, pensei que estava nas nuvens, perguntei aqui ainda é foto? Obs: o branco, o preto, o transparente eu não consigo ver, sem ver, sem calcular a distancia! e bum!!! cara na porta com certeza hehe.
Cartório, tudo escuro, e acima uns 5 degraus da rua, mais parece um museu, balcão escuro, banco escuro. Acho que por ser uma casa tombada, eles também estão tombando tudo, pode ser uma casa antiga, mas cotemporanea.
Restaurante: No alto do 1º andar, escada em madeira escura, ou melhor pintaram de branco mas já saiu a tinta e surgiu o preto, em curva. salas para almoçar com tantas mesas e cadeiras, que demos que nos espremer, pedir licença, prender o fôlego, encolher a barriga para passar, algum lugar mais largo para cadeirante? para cego? Há!!, os cadeirantes não comem vivem de ventos, coitados! coitado nada, coitados são esses empresários que só pensam no dinheiro, esses sim são os verdadeiros deficientes. Por que são deficiente da alma, da sensibilidade.
E escureceu tudo ficou pra depois hehehe.
Beijos Fiquem com Deus

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Respondendo a Célia...

Quero que saibas, que também tenho medo, procuro não deixar o passado me culpar, nem o futuro me atormentar. Pois o passado já passou e o futuro só a Deus pertence, por tanto minha amiga vivo o presente, ( tem esse nome, pois é o PRESENTE de Deus para nós) um dia de cada vez. E sempre pela manhã quando abro os olhos e vejo a dia, dou um sorriso e agradeço a Deus, por mais um dia, mais uma oportunidade de continuar vendo com os olhos físicos, mesmo em percentagem pequena, mas o suficiente, pois com os olhos do coração já aprendi a ver. Obrigada pelo carinho.

Sentindo
O dia de hoje, tive um momento de emoção, foi algo pequeno pra voces, eu acho. Com a visão subnormal tenho que alongar meu caminho, até as sinaleira ou pedir ajuda, até mesmo esperar ajuda. Sendo assim para eu atravessar duas ruas, num cruzamento que seria muito fácil em situação normal, tornasse difícil. Muintas vezes além de atravessar uma a uma, fico no aguardo com minha bengala mágica esperando uma oportunidade para atravessar.
Passa um, dois, três vários carros, onibus é rua de transito rápido, e a sinaleira fica longe! Assim esperando; um carro na pista da esquerda diminuiu e parou para eu passar, mas antes ele foi diminuindo e para minha maior segurança virou o carro levemente para a
pista da direita, não deixando outros passarem até eu atravessar. Agradeci, atravessei e me emocionei, porque tem pessoas que se importam conosco. Essas atitudes me faz ver que nem tudo está perdido, aliás nada se perde nesse mundo de Deus. Pensando bem, verifiquei que agora estou mais sensível, emotiva, percebo pequenos detalhes. Infelizmente tive que passar por sofrimento para crescer. Ainda bem que acordei a tempo. Isso me dá uma certeza que estou tendo uma chance e com isso posso permanecer com essa visão física até o fim.

Voltando ao quando começou, e tudo escureceu! conto amanha, agora estou com sono e meus olhinhos já se cansaram da claridade do comput. Beijos
Fiquem com Deus e obrigada.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Minha primeira vez...

Hoje, eu os meu amigos da Acic fomos ao CIC Centro Integrado de cultura, aqui em Floripa, ver uma exposição de duas ceramistas. Fiquei muito eufórica, porque foi minha primeira exposição depois que fiquei com a visão subnormal. Para quem não sabe estou pintando telas a óleo, estou muito curiosa para conhecer esse mundo das artes. Acaricia aqui. mexe ali, fui sentindo e fazendo minha leitura, da minha percepção de tudo. Achei muito lindo, mas descobri uma coisa, tentei ver com os olhos, mas como estava escuro com luz só nas peças, tinhas peças ocas também, acabei optando peça mãos através do toque, a descoberta foi que: com o toque das mãos meus sentimentos e percepções foi diferentes, quando consegui ver com os olhos. E confesso que com os olhos eu me assustei com as forma que registrei, tive medo, em contra partida com as mãos o sentimento foi muito bom. Foi uma esperiência e tanto. Já estou no aguardo para o próximo encontro em outro museu, que se dará em Setembro.

Voltando quando começou!!, outra situação ocorrida, foi que eu tropeçava em todos os degraus, nos meio fios, quase caía, mas o meu equilíbrio era bom, pois ficava só no quase (minha filha disse mamãe aquela música, nóis trupica mais não caí é boa pra voce) hehe riso a parte! Isso se dava porque eu não enxergava mais nos periférico, meu cérebro não conseguia calcular a distancia, então eu tropeçava. Mas eu na minha ignorância vivia detonando a nossa prefeita, dizendo, que era um horror andar, na rua com buracos e outras cositas mais. etc. É tão fácil por a culpa em alguém né, que não seja nós. Até que um dia tudo escureceu! e eu vou contar na próxima postagem. Beijos Fiquem com Deus.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Quando começou?...

Não sei exatamente quando começou, mas de concreto tenho que em Dezembro de 2005 fui ao oftalmo, exames feito aqui, feito vários em horários diferentes, 15 dias após veio o diagnóstico. Voce está com Glaucoma em ambos os olhos. Senti como se recebesse um soco no estômago, fiquei gelada, senti girar os sentidos, não soube o que responder e nem o que perguntar. Pois no meu pensamento e entendimento essa palavra Glaucoma era sinal de cegueira, como de fato é, se não for tratada a tempo de estabilizar, porque estrago feito, não tem como retornar.

Voltamos aos sinais dados por nosso corpo, que só depois entendi. Lembro me que ao dirigir, retornando da feira de artesanato que participava na Lagoa da Conceição em Floripa, para chegar até lá tem que descer e depois subir na volta a serra, aqui chamam de morro da lagoa. Sempre me considerei boa motorista e de fato era, pois os amigos sempre comentaram a respeito. Subindo ou descendo o morro comecei a ir para lado do guardi rail, ou para meio encima dos olhos de gatos, percebendo essa dificuldade, achava que era descuido, ou quem sabe por estar envelhecendo, estivesse perdendo o reflexo e isso fosse normal.

continuo no próximo capitulo digo postagem. Boa noite