quinta-feira, 2 de junho de 2011

Estou envergonhada!

De meus pensamentos recente. Bom! vou me confessar assim eu consigo me perdoar. Descobri que ando com preguiça de andar com a Duda, (bengala). Hoje pela manha ao retornar de um determinado lugar caminhando, coloquei a no ombro, daquele jeito de carregar um balde de cada lado. E vim andando, refletindo o porque disto. Vi uma pessoa me olhando esquisito, afinal uma ceguinha com a bengala nos ombros? Com as caminhadas que estou fazendo firme e forte, estou ficando mais resistente com a musculatura das pernas. O Equilíbrio melhorou muito, antes tinha medo de cair, pois não tinha resistência. Estou fazendo coisas que para mim é imprecionante, ex: a subidinha para chegar no meu lar, hoje tiro de letra, não me canso,  outro dia quando sai para pegar o coletivo, vi que ele estava chegando ao ponto, levantei a Duda e perna para que te quero, fui correndo até o onibus, +ou - 50 metros. Só isso! podem dizer os atletas. Nossa! para mim foi o máximo, pois dava tres passos correndo já estava com os bofes de fora. O coração em disparada, os pulmões pedindo socorro. Então! agora quando sentei no banco é que meu coração acordou, se deu conta que estava fazendo mais esforço. O pulmão idem e eu toda faceira, sentindo os resultados das caminhadas que estou fazendo. Antes, andar um quarteirão já era motivo de estress, hoje estou andando pouco de onibus, mais facil caminhar do que esperar o onibus. Mas daí voces falaram e a visão? continua mesma percentagem de visão. Diante disto estou percebendo que a Duda está mais para sinalizar aos outros que tenho deficiência visual. Embora tem pessoas que já me perguntaram, ela aguenta! parece tão fina (A duda é elegante) tenho com toda a "paciencia do mundo" digo: meu problema é na visão, não na perna hehehe, Uns querem comprar e assim vai. Para eu fazer uso da Duda, passei por varios oftalmos e fiz treinamento na Fundação Catarinense de Necessidades especiais, e ganhei a Duda, uma lupa, um telescópio (O galileu) tudo para manter um pouco minha independência. E agora eu na maior ingratidão estou com preguiça de usar a Duda, achando que ela está me atrapalhando! ha! que isso! Izabel, querendo cuspir no prato que te serviu. Gente! eu a trato com carinho, continuaremos juntas, ora ela dobrada na minha mãos, ora em uso. Uma coisa é certa, não tenho mais vergonha dela. Dudinha me perdoe, sou humana e cheia de erros, mas prometo nunca te abandonar. Ela vai comigo em um casamento na Europa, e entraremos toda faceira na Igreja hehehe.
Beijos
Bel Talarico e Duda Talarico

2 comentários:

heli disse...

Bel
Cada vez que venho aqui, meu ser se renova e sinto-me pequena diante dos desafios que tenho em minha frente.
Você vai ser sempre um exemplo de luta, de garra e de muita determinação.Obrigada por estar aí e eu poder ter a liberdade de escrever dizendo que sou muito frágil em relação à vida e que tenho que ter forças para lutar sempre, sem nunca desistir dos meus sonhos e enfrentar os desafios de forma mais honrosa.
Me conta melhor essa história de casamento na Europa.Também quero ir(rs)
Bom final de semana, com muita paz
heli

Noemi Szcypula disse...

Olha se vc entrar na Igreja sem a Dudinha, ela ficará muito, mas muito triste mesmo! não seja ingrata heim!! bjs.